Moramos do outro lado do mundo numa habitação que desconhecemos...
Mas habitamos realmente onde?
Somos o hábito de viver em casulos de corpo e alma, entrelaçados em finas linhas que são tecidas pela imaginação e pela doçura dos encontros que a vida nos porprociona...
Somos o hábito de viver em casulos de corpo e alma, entrelaçados em finas linhas que são tecidas pela imaginação e pela doçura dos encontros que a vida nos porprociona...
Abriremos os casulos e voaremos como borboletas, livres nos corações dos que nos acolhem como sua morada espiritual, um abraço reconfortante quando as asas estão fracas de uma tempestade, molhadas pelas lágrimas de um vendaval...
(Vale de Freixo, Alentejo)
"No meu coração há uma paz de angústia, e o sossego é feito de resignação." (in Livro do Desassossego - Bernardo Soares, heterónimo de Fernando Pessoa)
No que vivemos
Há sempre algo que se esconde
Mas...por onde?
Frestas de sonhos
Que se escapam para a realidade
E que nos surpreendem
Como Verdade
Amarga ou Doce...
Depende do paladar
No dia em que a provamos...
No dia em que a provamos...
(Quinta do Pinheiro, Avis, Alentejo)
"Sou um poço de gestos que nem em mim se esboçaram todos, de palavras que nem pensei pondo curvas nos meus lábios, de sonhos que me esqueci de sonhar até ao fim. Sou ruínas de edifícios que nunca foram mais do que essas ruínas, que alguém se fartou, em meio de construi-las, de pensar em que construía.
(...) Benditos os que não confiam a vida a ninguém."
(in Livro do Desassossego - Bernardo Soares, heterónimo de Fernando Pessoa)
(Vale de Freixo, Alentejo)