"Perguntaram a um sábio: A quem queres mais, a teu irmão ou a teu amigo?
O Sábio respondeu:
- Quero a meu irmão, quando é meu amigo."
(Retirado de uma Lenda Judia)
Quarteira, Algarve (Verão 2008)
Somos um todo de ligações
inquebráveis...porque desde o primeiro contacto...somos sempre parte de
alguém e
alguém é parte de nós...
Depois de conectado...as redes que nos nos ligam podem então ser trabalhadas de várias formas...fáceis, difíceis, recheadas de sentimentos, afinidades ou diferenças que nos unem e atraem ou repelem...somos pólos em constante mutação...positivos e negativos em busca da utópica neutralidade...
E se alguém busca o equilíbrio nas suas formas redondas, não conseguirá perceber as arestas interiores que precisam ser limadas, trabalhadas e consciêncializadas muitas vezes no jogo social do qual se reveste a vida (...seja ele o próprio jogo da vida!).
Nos outros existe uma revelação de nós, somos influências mútuas de cores, sonhos, sorrisos, precisos abraços e palavras que se dizem de diferentes formas...
Longe ou perto, há algo que nos une, e cada pessoa tem o valor inestimável de ser único, presente e influente na existência nem sempre pacifica de cada ser que somos. Mesmo os que longe se ausentam no tempo e espaço, em algum momento são relembrados, surgindo memorávelmente em quem sempre viveram adormecidos ou despertos inadvertidamente...
Sejamos únicos em cada outro que nos torna único...
"(...) Eu sou de todo mundo
E todo mundo me quer bem
Eu sou de ninguém
Eu sou de todo mundo
E todo mundo é meu também (...)"
(Já sei Namorar- Tribalistas)
Quarteira, Algarve (Verão 2008)
"Também no interior do corpo a treva é profunda, e contudo o sangue chega ao coração, o cérebro é cego e pode ver, é surdo e ouve, não tem mãos mas alcança, o homem, claro está, é o labirinto de si mesmo." (in O Ano da Morte de Ricardo Reis, José Saramago)
(...) "Tão diferentes entre si, tão distintos na forma de ser e reagir, sofrer e esconder, amar e odiar, que foram um pouco os meus livros de estudo, as minhas cábulas e sebentas para chegar a mim mesma. (...)
Aprender a traduzir o que as pessoas são, ou querem dizer, para além do que fazem, falam ou parecem, exige intuição, cultura e curiosidade, certamente, mas sobretudo atenção. Por muito rica que seja a língua, as palavras revelam-se sempre insuficientes. E há pessoas ilegíveis, que nos fazem sentir analfabetos."
(in Não me contes o fim, Rita Ferro)
2 comentários:
Adorei o texto, e já tinha saudades de um post teu! :) Espero que esteja tudo bem por aí, mulheri!
Jinhos, e descansa!******
PS: Epah, agora ao ler o teu post fiquei com a música na cabeça... "eu sou de ninguém, eu sou de todo o mundo e todo o mundo me quer bem!" lol ;)
Escrita muito profunda...gostei...podes escrever um livro linda :)
Beijinhos :)
Cátia Moura
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