quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Caminhada ascendente

Quando se caminha para o céu, já nada se sonha que não seja o amanhecer, com o primeiro raio de sol a trespassar-nos o olhar como a espada que dá o golpe do qual não nos conseguimos defender.

Silêncio...

Dor...

Violência...

Nada mais nos incomoda no tudo em que se transforma a nossa existência, porque somos tudo para muitos e nada para outros.
E caminha-se como se não houvesse amanhã, porque já não há ontem, hoje nem amanhã, há presente que se torna num tempo indefinido...fica-se parado no tempo.
E se parou aqui algo a que chamamos vida, outras vidas continuam no seu ciclo, outras pararam e não se movem mais, apelam à misericórdia de uma piedade que se adivinhava desde o momento em que se nasce, mas que apenas se dá conta quando o céu nos aparece parafraseado como refúgio de alguém que vai e não volta.
Resta viver...resta sofrer...resta caminhar...resta reviver...

"Ninguém pode morrer. "Não matarás" não é um mandamento, é uma promessa: "Não conseguirias matar ainda que tentasses, porque a vida é indestrutível"" (Richard Bach in A Ponte para a Eternidade)

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