sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Rosas

"O essencial é invisível para os olhos (...) Foi o tempo que dedicaste à tua rosa que fez a tua rosa tão importante (...)" (Antoine de Saint-Exupéry in O Principezinho).



(Rosas algures num Jardim Alentejano)


Como nem tudo na vida são rosas, os espinhos destas têm a condição útil de nos fazer ver que tudo o que é belo, [quase] nunca é perfeito. Então, vivemos uma vida à procura da perfeição se ela é apenas uma utopia entre os vassalos de uma ditadura?

E se sonharmos com as rosas, acordando com a serenidade que se acaso uma rosa encontrar, bom mesmo será cuidá-la para não murchar e aceitar os seus espinhos, não como defeito da sua [im]perfeição, mas algo que a caracteriza, então ai estamos a caminhar para um seguro sensato para a nossa estabilidade mental e emocional.

Procuro-me algures entre um jardim de mil e uma cores, formas e feitios das espécies raras e comuns de flores, confusa entre a multidão, por um minuto não tenho pé, mas tenho fé um segundo...sem querer, dou por mim, não como rosa, mas como um malmequer...desfolho-o pacientemente...mal-me-quer ou bem-me-quer...mal-me-quero ou bem-me-quero...



Hoje tirei os espinhos
Da minha rosa
(...)

Só hoje, com razão
Abri (...) meu tesouro
Encantado sem ouro
Ou preciosismos
Apenas abismos
Que receio enfrentar
E para não me magoar
Deitei fora os espinhos
Da rosa e dos caminhos..

1 comentário:

Anónimo disse...

O pensamento de cada um é activado pela sabedoria de outros, as imagens, as palavras são o motor, o incentivo para o raciocínio de cada um.

Obrigado Marjoram por nos dares esse contributo...

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