E mar adentro, entre rochas, naufrágios e salvações divinas, surge-nos um lugar onde ancorar sonhos, esperanças e ilusões, tantas vezes tão grandes como o oceano onde desagua os nossos erros e duvidas, mágoas ou perfeições...
Ancorando a existência, vivemos do pescado ou do sal que tempera amargamente em excesso, ou da fome em [in]diferença. As marés trazem um silêncio que soa a embalo, quando não há mais nada ou mais ninguém que nos acolha na sua existência...
Não somos, acaso, pescadores num cabo onde a esperança é o isco e a vontade é uma raiz que floresce entre ventos agrestes?
Pescador de sonhos
E de saudades
Nas tuas sandálias trazes
O sal
Do mar infinito
Onde teus olhos se perdem
Num só grito
De silêncio
Entre as ondas
Os peixes e amarras
Redes de vidas
Tuas e de quem nunca vistes...
(...)
Lanças esperanças
Porque para além de sonhos
Pescas mudanças
(...)
(Costa da Caparica)
"Não tenho barqueiro nem hei-de remar / Procuro caminhos novos para andar /(...) Corre um rio para o mar..." (Pronúncia do Norte - GNR e Isabel Silvestre, Letra: Rui Reininho)
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